Uma Praça em Antuérpia - Após sua estreia literária com O segredo do oratório, sucesso de público e crítica, Luize Valente volta a mergulhar, de maneira ainda mais surpreendente, na história de uma família de migrantes em Uma praça em Antuérpia. Com domínio da narrativa, que vai e volta do ano-novo de 2000 em Copacabana para os anos da eclosão da Segunda Guerra na Europa, Luize reconstitui a desgraça imposta pelo nazismo aos judeus, razão pela qual muitos deles viriam fazer a vida no Brasil.
Reunindo sensibilidade pelo drama humano e extensa pesquisa histórica, Luize retrata a chaga do nazismo na miudeza do cotidiano, na intimidade das famílias alemães e europeias, com bárbaros desdobramentos em Portugal, no lar de Clarice e Olivia, de onde a narrativa parte para ganhar o mundo e o Brasil. Acompanhamos a fuga de Clarice e seu marido, o pianista judeu Theodor, por grande parte da Europa, sempre um passo à frente da perseguição nazista, fuga que leva parte da família a cruzar o oceano. Como se não bastasse essa narrativa de tirar o fôlego, Luize presenteia o leitor com um final emocionante e totalmente inesperado.
Título: Uma Praça em
Antuérpia
Autora: Luize Valente
Páginas: 364
Editora: Record
Autora: Luize Valente
Páginas: 364
Editora: Record
Uma Praça em Antuérpia é o segundo livro que leio de Luize Valente, o
primeiro foi Sonata em Aushwitz que
postei aqui no blog em dezembro do ano passado. Luize Valente tem o brilhante
talento de escrever romances com fundos de segunda guerra, misturando fatos
verídicos com personagens fictícios. Narrado em terceira pessoa,
o livro conta a história de Clarice, e sua irmã gêmea Olívia ambas
são portuguesas. Clarice se apaixonou e se casou com Theodor, um pianista
judeu. Moraram alguns anos em Antuérpia até Hitler subiu ao poder e começar a
caçada aos judeus. Por causa da origem dele, a vida do casal não foi fácil, e
eles tiveram que se mudar e fugir várias vezes. Enquanto Olivia casou com um
português Antônio e continuou em Portugal. A história vai de desde o nascimento
de Clarice, no norte de Portugal, em 1916, passando por Lisboa, Antuérpia,
França, Espanha e outras cidades portuguesas, no final da década de 30 e início
da década de 40 (período da guerra), até o Brasil nos anos 2000. De maneira
muito bem escrita, mesmo complexa a escritora faz de uma maneira que você
consegue visualizar as cenas com clareza. O livro é lindo, sensível e
muito emocionante. Como já disse aqui no blog eu amo ler os livros ambientados na segunda
guerra, mesmo que isso custe algumas lágrimas e sempre um aprendizado.
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